quarta-feira, 4 de abril de 2007

Babel

Iñárritu dá-nos mais uma vez, um filme em forma de puzzle á semelhança do que já tinha feito em “21 Gramas” e “Amor Cão”, mas desta vez á escala global. Para isso dá-nos quatro histórias aparentemente diferentes que convergem num ponto, numa arma, e revela uma história complexa e trágica de vidas da humanidade em todo o mundo, tentando transmitir a mensagem de como nós não estamos assim tão distantes apesar das superficiais diferenças culturais e comunicacionais. Em Marrocos, um casal americano tenta dar novo alento ao seu relacionamento, procurando estar sós, deixam os seus filhos com a ama nos Estados Unidos. Um pastor marroquino compra uma arma aos seus filhos para que possam manter os coiotes longe de seu rebanho. Uma menina surda-muda no Japão que trata da rejeição, da morte da mãe, da distância emocional do pai, da sua própria auto-consciência no mundo moderno e metropolitano de Tokyo. Do lado oposto a ama mexicana leva os dois filhos do casal americano em Marrocos para poder ir ao casamento do seu filho numa pequena vila no México, onde ainda não chegou o séc. XXI. As peças estão no tabuleiro, agora para perceber como todas estas histórias se juntam para dar aos espectadores uma forte lição só mesmo vendo o filme. Mais uma obra-prima com a assinatura de um grande realizador.

NOTA 7